23 de setembro de 2009

Terror em primeira pessoa


De uns tempos pra cá, são mais comuns os filmes no qual a câmera em si, é uma personagem do filme, um recurso utilizado pra transmitir emoções diferentes pro público, como por exemplo, mostrar o POV (ponto de vista) do bandido observando o mocinho. Esse artifício é especialmente usado em filmes de terror, como nos três abaixo:


A Bruxa de Blair (The Blair Witch Project) - um dos maiores sucessos de marketing da história do cinema. Filme de baixíssimo orçamento - algo em torno de 60 mil dólares, arrecadando pouco mais de 250 milhões de dólares, é sobre um trio de jovens que vai acampar em uma floresta e acabam vítimas de uma 'bruxa'. Por ter sido o primeiro neste estilo, ganha pela originalidade, e por não precisar mostrar a tal 'bruxa' (se é que ela existe realmente). O clima criado no filme é muito mais assustador que mostrar qualquer bruxa ou monstro.



Cloverfield, o Monstro (Cloverfield) - O mais caro dos três filmes. Nova Iorque é invadida por um monstro gigantesco, e vemos a estória pelo ponto de vista de um grupo de jovens. O filme não é nada mais que o conteúdo bruto de uma fita, da câmera de um dos jovens. O lance legal, é que aqui, por se tratar de uma fita reutilizada, no meio do filme intercalam-se cenas de um casal de namorados com as cenas da destruição de Nova Iorque. Na minha opinião, se encaixa mais na categoria 'ação/suspense' que em 'terror' propriamente.



Rec (Rec) - nessa produção espanhola, uma equipe jornalística acompanha o trabalho de um grupo de bombeiros. Ao atenderem um caso de uma senhora, o prédio é isolado pela polícia e pelo Departamento de Saúde, que acham indícios de contaminação no edifício. Acabam ficando em 'quarentena' enquanto tentam entender o que está acontecendo. Com uma maquiagem de efeitos excelente (ou seja, muito sangue!), este dá uma óptica diferente aos filmes de zumbis. Aqui também vemos a fita bruta, além de alguns efeitos da própria câmera, como visão noturna na cena final, que é impressionante.

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