Se você gosta somente de filmes com tiroteios e perseguições em alta velocidade, definitivamente Conduta de Risco é um thriller polÃtico que não é pra você. O clima dele me lembrou 'O Juri' e outros filmes de bastidores de tribunal, onde dois lados tentam desestabilizar o outro, seja invadindo propriedades em busca de provas, plantando evidências para incriminar o outro, até eliminar literalmente a outra parte. Porém, ao contrário de em 'O Juri', aqui a tal disputa no tribunal nem chega a acontecer.
Michael Clayton (George Clooney) é um quarentão cheio de problemas pessoais, alguns vícios, e devendo muito dinheiro após suas tentativas frustradas para mudar de vida. Ele é o "cara que faz o trabalho sujo" para a firma de advocacia Kenner, Bach & Ledeen, o chamado 'Fixer' - algo como um faxineiro, que limpa a sujeira, investigando e até ameaçando pessoas em favor dos interesses de seus clientes. Quando sua firma, representando uma poderosa empresa do ramo agrícola, está prestes a assinar um acordo milionário, um dos sócios (Tom Wilkinson, perfeito) enlouquece e coloca tudo (por "tudo" entenda-se milhões de dólares) em risco. Michael Clayton já sabe o que fazer: limpar toda essa bagunça, mesmo que o responsável seja uma das pessoas mais próximas à ele.
Até onde vale a pena ir por dinheiro? Vale passar por cima de tudo e todos?
Um filme complexo, um quebra-cabeças cujas peças vão se encaixando até a última cena, e que última cena! Os poucos encontros entre Michael Clayton e Karen Crowder (Tilda Swinton) são memoráveis e mostram o por quê da indicação de ambos ao Oscar (ele como Ator Principal, e ela como Atriz Coadjuvante).
Mas o prêmio foi mesmo pra Tom Wilkinson. E merecido!
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