2 de outubro de 2009

Feios, Sujos e Malvados

Num barraco de favela vivem quatro gerações de uma mesma família. Uma família como a sua e a minha, que tentam roubar, bater e envenenar o outro (Ok, ainda não tentei envenenar ninguém). Podia ser no Brasil, não fosse o fato de todos falarem italiano fluentemente. A degradação da raça humana pelos olhos de Ettore Scola.


Numa favela em Roma, vive no mesmo barraco uma família de loucos. O patriarca é Giacinto (magicamente interpretado por Nino Manfredi) que após perder a visão em um dos olhos recebe uma grande quantia de dinheiro da seguradora. Dinheiro que ele mantém (ou tenta manter) escondido do restante da família, enquanto sua mulher, filhos, netos e sobrinhos tentam rouba-lo.

O cômico e o trágico andam lado-a-lado neste filme. Imagine: trinta pessoas vivendo num único cômodo, dormindo todos amontoados... Mas se você acha que isso não é o bastante, some o fato de Giacinto arranjar uma amante e trazer ela para dormir na mesma cama que ele e a mulher. E é daí pra pior: agressões, traições, incestos, etc. O filme mostra as piores facetas do ser humano, incluindo nós mesmos que estamos assistindo, pois ao invés de ficarmos chocados com tudo que acontece, nós achamos tudo muito engraçado (eu achei engraçado e você também vai achar). Essa é a natureza do ser humano.

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